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31/03/2015


23. 

FÓRMULA DA PROGRESSÃO EVOLUTIVA —
ANÁLISE DA PROGRESSÃO EM SEUS PERÍODOS

 



Aprofundemos ainda mais. Compreendeis que o ser não pode ficar fechado no ciclo de $ \omega $, o vosso universo, dado pelas três formas, $ \gamma $,$ \beta $, $ \alpha $; que uma eterna volta sobre si mesmo seria trabalho ilógico e inútil; que seria absurdo caminhar sem meta nesse eterno círculo
 $ \alpha \quad \longrightarrow \quad \beta \longrightarrow \quad \gamma \quad \longrightarrow \quad \beta \longrightarrow \quad \alpha $. 







Vossa mente compreende esta minha argumentação: qualquer limite que se colocasse em $ \omega $, a razão saltaria por cima dele, procurando outro mais afastado; é absurdo o ciclo fechado, que se repetisse infinitamente em si mesmo. Vossa mente sente a necessidade do ciclo aberto, ou seja, do ciclo que se abre para um ciclo maior, ou que torna a fechar-se em si mesmo para um ciclo menor, sem nenhuma limitação. Fica assim, satisfeita vossa mente, porque foi atendida a necessidade e concedida a possibilidade para que o ser voltasse sobre si mesmo, sobretudo, se estendesse fora de si, além de si, além da forma conquistada que o constrange.
Essa fórmula do ciclo fechado, que já vos demos com a expressão sumária: $ \alpha \quad \longrightarrow \quad \beta \quad \longrightarrow \quad \gamma \quad \longrightarrow \quad \beta \quad \longrightarrow \quad \alpha $, tem que ser substituída agora pela fórmula mais exata e complexa do ciclo aberto. De acordo com esta nova fórmula, a expressão gráfica dada:





transforma-se nesta outra: 



em que o ciclo do universo $ \omega $, dado por $ \alpha \quad \longrightarrow \quad \beta \quad \longrightarrow \quad \gamma \quad \longrightarrow \quad \beta \quad \longrightarrow \quad \alpha $ não está mais fechado em si mesmo, mas se abre, invertendo o caminho $ \alpha \quad \longrightarrow \quad \beta $  em  $ \beta \quad \longrightarrow \quad \alpha $ e assim desenvolvendo os universos contíguos: 

$ { \omega  }_{ 2 } $, $ { \omega  }_{ 3 } $ , etc.

A fórmula do ciclo aberto estende-se também para o negativo que é dada pela seguinte expressão:


$ \begin{matrix} 1º\quad ciclo\quad  & ...\quad -\quad y & \longrightarrow  \\ 2°\quad ciclo\quad  & -\quad x & \longrightarrow  \\ 3º\quad ciclo\quad  & \quad \gamma  & \longrightarrow  \end{matrix}\begin{matrix} -\quad x\quad  & \longrightarrow  & \quad \quad \quad \quad \gamma  \\ \gamma  & \longrightarrow  & \quad \quad \quad \beta  \\ \beta  & \longrightarrow  & \quad \quad \quad \alpha  \end{matrix}\begin{matrix} \longrightarrow  & -\quad x\quad  & ... \\ \longrightarrow  & \gamma  &  \\ \longrightarrow  & \beta  &  \end{matrix}\\ \begin{matrix} 4º\quad ciclo\quad  &  & \beta  \\ 5º\quad ciclo\quad  &  & \alpha  \\ ... &  &  \end{matrix}\begin{matrix} \longrightarrow  & \quad \quad \alpha  & \quad \longrightarrow  \\ \longrightarrow  & \quad +x\quad  & \quad \longrightarrow  \\  &  &  \end{matrix}\begin{matrix} +\quad x\quad  & \longrightarrow  & \alpha  \\ +y & \longrightarrow  & +x\quad ... \\  &  &  \end{matrix} $

O diagrama da fig. 2 apresenta-nos esse mesmo conceito dos ciclos sucessivos com uma linha quebrada que sobe, alternando seu movimento ascensional com períodos de regressão involutiva. 

Unindo entre si os vértices e as bases da linha quebrada, vemos reaparecer aqui, no conjunto, a linha ascensional OX em sua expressão mais simples.
Encontramos, em nível mais alto, o mesmo princípio, de que agora analisamos o íntimo ritmo e vemos a estrutura mais completa.


Observemos agora as características da fórmula do ciclo aberto. As fases da evolução, elementos que compõem as fórmulas dos cinco ciclos sucessivos examinados, podem — nas 5 fórmulas sobrepostas — dividir-se em quatro colunas. Veremos, assim, como se repete em nível diferente o mesmo ciclo com o mesmo princípio. A primeira coluna à esquerda indica o ponto-de-partida; a segunda, a fase sucessiva do caminho ascencional; a terceira coluna indica o vértice do ciclo; deste se desce para a quarta e última coluna. Duas fases de ida e uma de volta projetam a série dos vértices $ \gamma $ ,$ \beta $, $ \alpha $, +x... cada vez mais alto, segundo uma linha ascendente. A diferença de nível, entre os pontos-de-partida e os de chegada, é a condição necessária à progressão do sistema. Esclarecemos mais adiante, com casos mais particulares, o significado e as razões filosóficas desse deslocamento, pelo qual a linha não volta ao nível precedente, mas a um mais alto.

O curso da linha quebrada no diagrama da fig.2 expressa de forma evidente esses conceitos. As coordenadas são ilimitadas, suspensas no espaço entre dois infinitos. As fases são representadas não por uma linha, porque não são um ponto, mas por uma risca, uma superfície, porque só um espaço pode, graficamente, dar a idéia do deslocamento necessário para atravessar a fase. Cada ciclo representa o que chamais de uma criação. 

Tais criações se sucedem no diagrama com as letras a, b, c, d etc. Tomamos a criação como unidade de medida do tempo, o ritmo da transformação do fenômeno que examinamos.
 

Resumindo o que dissemos até agora, poderemos concluir: o aspecto dinâmico do universo é regido por uma lei mais complexa (aspecto mecânico) e sua expressão não é dada, simplesmente pela fórmula:

mas, por esta outra:

$ \Delta \quad =\quad -\quad \infty \quad \longrightarrow \quad ...\quad -y\quad \longrightarrow \quad -x\quad \longrightarrow \quad \gamma \quad \longrightarrow \quad +x\quad \longrightarrow \quad \gamma \quad \longrightarrow \quad \beta \\ \quad \quad \quad \quad \quad \quad \quad \quad \quad \quad \longrightarrow \quad \gamma \quad \longrightarrow \quad \beta \quad \longrightarrow \quad \alpha \quad \longrightarrow \quad +x\quad \longrightarrow \quad \alpha \quad \longrightarrow \quad +\quad \infty $ 

em que $ \Delta $ exprime, na série infinita, uma unidade coletiva maior que $ \omega $, isto é, um organismo de universos.


Universos paralelos e coexistentes.