Páginas

07/05/2015


54. 

A TEORIA CINÉTICA DA GÊNESE DA VIDA E OS PESOS ATÔMICOS









Procuremos pesquisar na realidade dos fenômenos alguns efeitos desta íntima transformação de movimento, da qual nasce a vida e se manifesta seu psiquismo: transformação da química inorgânica em química orgânica. 













Neste campo, existem fatos que podem demonstrar-vos a realidade daquela que podeis tomar como teoria cinética da gênese da vida, compreendida como manifestação devida a uma emissão de radiações dinâmicas de composição eletrônica no sistema planetário atômico. 

Nem todos os átomos reagem igualmente ao mesmo impulso; nem todos estão igualmente prontos para serem arrastados no ciclo da vida. A resistência à penetração eletrônica não é constante para os vários corpos simples, mas muda exatamente de acordo com o seu peso atômico. Este fato tem um significado importante. 

A radiação eletrônica pode atacar todos os átomos, mas os mais leves são mais rápidos a obedecer, essa capacidade receptiva vigora em razão inversa de seu peso atômico. Escalonando os corpos simples, de acordo com o peso atômico progressivo, como na série estequiogenética, verificais que é máxima para os pesos atômicos mínimos, e mínima para os pesos atômicos máximos, a capacidade desses corpos simples de ficarem ligados em círculo. 

Ou seja, de serem transportados, através do turbilhão vital, numa vida breve, imensamente mais rápida e intensa do que sua própria vida, o que significa receber no próprio âmbito cinético a radiação eletrônica que lhe intensifica o ritmo. Por que, então, o peso atômico é base da escolha dos materiais de sustentação da vida? 

Porque o trem eletrônico encontrará menor resistência para penetrar nos sistemas atômicos mais simples, com uns poucos elétrons, do que naqueles mais complexos, com muitíssimas órbitas eletrônicas. Vimos que, do H ao U, o aumento de peso atômico significa progressiva saída do núcleo e estabilização das órbitas de sempre novos elétrons, até o máximo de 92, além do qual o sistema atômico se desagrega.

É óbvio que as radiações de um sistema cinético mais rudimentar sejam mais fracas do que a dos mais complexos; e que seja mais fácil transformar o equilíbrio dos movimentos no primeiro caso do que do segundo. Os sistemas planetários mais simples, menos numerosos de satélites, deixar-se-ão plasmar mais facilmente em novas trajetórias, do que os sistemas densos de elétrons, turbilhonando em movimentos mais intensos. 

Quanto maior o número de elétrons, maiores serão a massa e a inércia, isto é, a resistência a absorverem impulsos externos. Esses íntimos deslocamentos cinéticos constituem a substância do fenômeno da transmutação da matéria inorgânica em orgânica, reduzível em sua essência, como já dissemos, a um cálculo de forças. 

Essas concordâncias são uma prova de que o fenômeno “vida” é, substancialmente, a resultante de uma assimilação pelo sistema atômico de um movimento eletrônico, justamente porque os elétrons do átomo oferecem uma resistência proporcional a seu número. Aí está uma confirmação da teoria cinética da gênese da vida.
 
Se observarmos os corpos simples, não mais, como vimos, na química inorgânica, mas como eles se comportam na química orgânica, ou seja, a maneira como eles são admitidos e tolerados no organismo vivo, vemos que H, C, N, O (a que correspondem os pesos atômicos 1, 12, 14 e 16, os mais baixos da escala) são os corpos fundamentais da vida, como também são os mais largamente difusos na atmosfera, onde nasce a vida em vosso planeta no período da gênese vital: 

Hidrogênio, Carbono, Nitrogênio e Oxigênio, no estado de vapor d’água, H2O; de gás carbônico, CO2; e no estado livre, N e O1.
 
Vêm depois os corpos sucedâneos dos fundamentais, que podem substituí-los parcialmente e são aceitos em doses moderadas. Seu peso atômico não ultrapassa 60, e temos em ordem de peso atômico: 

Lítio2 (Li=7); Boro5 (Bo=11); Flúor (Fl=19); Sódio (Na=23); Magnésio (Mg=24); Silício (Si=28);Fósforo (P=31); Enxofre (S=32); Cloro (Cl=35,5); Potássio (K=39); Cálcio (Ca=40); Alumínio3 (Al2=27,1); Manganês4 (Mn=55); Ferro4 (Fe=56); Níquel5 (58,5); Cobalto5 (Co=58,7).
 
Seguem-se os corpos que, mesmo entrando para fazer parte da vida orgânica, não são aceitos senão em doses pequeníssimas. Seu peso atômico não ultrapassa 137 e, de acordo com seu peso, estão na seguinte ordem:
 
Cobre7 (Cu=63,5); Zinco7 (Zn=65,4); Arsênico10 (AS=75); Bromo6 (Br=80); Rubídio8 (Ru=85,5); Estrôncio9 (Sr=87,6); Iodo6 (I=127); Bário9 (Ba=137,4).
 
Se continuarmos ainda a subir até os mais altos graus na escala dos pesos atômicos, verificaremos que os corpos que aí encontramos normalmente não se encontram nos organismos e, se têm ingresso no ciclo vital, só são tolerados em doses mínimas (isto é fundamental também em seu uso terapêutico). Temos:
 
Selênio (Se=79); Prata (Ag=108); Estanho (Sn=118); Antimônio (Sb=122); Telúrio (Te=127); Platina (Pt=195); Ouro (Au=197); Mercúrio (Hg=200); Chumbo (Pb=207).
 
Chegamos, enfim, aos pesos atômicos máximos dos corpos radioativos, utilizáveis terapeuticamente pelo dinamismo de suas radiações, mas sem propriedades biológicas intrínsecas. A instabilidade de seu equilíbrio interior representa um sistema atômico em desfazimento, que foge para as formas dinâmicas e é o menos apto para ser retomado nas coordenações cinéticas de ordem mais complexa. 

A emanação eletrônica desses corpos, embora possa excitar, no átomo, a aptidão para entrar no ciclo vital, fica sempre por fora dele. Para poder penetrá-lo, tem que primeiro atravessar toda a maturação das formas dinâmicas, até o máximo de degradação. Temos, pois:
 
Polônio (Po=210); Rádio (Ra=226); Tório (Th=232,4); Urânio (U=238), ou seja, os corpos de sistema atômico mais complexo com órbitas mais numerosas, os mais resistentes a qualquer penetração cinética; justamente porque essas órbitas são lançadas e abrem-se na periferia, em direção exatamente contrária ao trem superveniente de radiações elétricas de onda degradada.